25 de February de 2025

O chefe do governo disse que este número inclui os combates entre as Forças Armadas da RDC e os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) no final de janeiro em Nyiragongo e Goma, onde ainda não conseguiram identificar todos os mortos.

“Agora é muito fácil dizer que esses mortos são apenas soldados quando há uma massa significativa de civis”, disse Suminwa, segundo o Actualité.CD, durante uma entrevista coletiva à margem do Conselho de Direitos Humanos realizado em Genebra, Suíça.

Segundo a ONU, somente em Goma, capital da província de Kivu do Norte, o número de vítimas desses confrontos chegou a quase três mil.

O primeiro-ministro lamentou que, dos mais de sete mil mortos, cerca de 2.500 corpos tenham sido enterrados sem serem identificados e mais de 1.500 permaneçam nos necrotérios.

Isso também significou o risco de propagação de doenças como cólera e varíola, bem como a destruição de mais de 90 locais de recepção para deslocados internos e ataques a hospitais e armazéns humanitários.

Mais de 450.000 pessoas, segundo a ONU, estão sem abrigo, comida e água; e cerca de 27 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária, incluindo mais de 2,8 milhões de deslocados internos, especialmente no leste da RDC.

Falando na 58ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU na segunda-feira, Suminwa pediu que medidas dissuasivas sejam tomadas contra Ruanda para pôr fim aos massacres cometidos pelo M23 com a ajuda das Forças Armadas Ruandesas.

Ele disse que seu país estava pronto para apoiar investigações independentes para documentar violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário no leste do país, e pediu maior apoio diante da situação alarmante, que deixou milhares de pessoas feridas e deslocadas.

“Pedimos à comunidade internacional que intensifique seu apoio humanitário e forneça recursos para cuidar adequadamente dos milhares de feridos e deslocados”, disse o primeiro-ministro da RDC.

Suminwa também pediu respeito à soberania e disse que a história julgará impiedosamente se nada for feito para acabar com os conflitos na RDC e em outras partes do mundo. “Podemos mudar o curso da história e temos o dever moral de fazer isso para as gerações futuras”, acrescentou.

O Conselho de Direitos Humanos continuará seu trabalho por três dias, com a situação na RDC sendo um dos principais tópicos da agenda.

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