A reunião nas próximas horas na capital britânica, para onde viajaram ou viajarão cerca de 15 líderes europeus e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, faz parte dos esforços ocidentais para tentar manter o apoio a Kiev diante da mudança de posição dos Estados Unidos sob o comando de Donald Trump, que abandonou a cruzada antirrussa de Joe Biden.
Trump iniciou um contato direto com seu colega russo, Vladimir Putin, para buscar o fim da guerra, um processo do qual os europeus e a Ucrânia foram afastados, pelo menos até agora.
Starmer anunciou antes da cúpula que ele e Macron estão trabalhando em um plano de paz, do qual dois outros países não nomeados poderiam participar, uma iniciativa que eles discutiriam com Washington.
As negociações entre os Estados Unidos e a Rússia, que também estão tentando retomar a reaproximação bilateral, estão centradas no fato de que a Ucrânia perdeu a guerra e também incluem a pressão de Trump para se apoderar, em troca da ajuda dada a Kiev por Biden, de suas terras raras, ricas em minerais estratégicos como lítio, urânio, titânio e grafite.
Também se baseia na visão de que o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, e a Europa não fizeram nada em três anos de guerra para pôr fim a ela, uma visão na qual Trump foi ainda mais longe, acusando Zelensky de não querer a paz e de brincar com a Terceira Guerra Mundial, uma visão rejeitada pelo velho continente.
Por sua vez, o Ocidente, com Macron e Starmer na liderança, está tentando convencer Trump de que a Rússia é uma ameaça e que são necessárias garantias de segurança para acabar com o conflito, elementos considerados fundamentais no plano alternativo Londres-Paris mencionado anteriormente.
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