Fontes próximas do Presidente, citadas pela imprensa francesa, dataram assim o anúncio feito ontem por Macron no seu discurso ao país, no qual evocou o conflito na Ucrânia, acusou a Rússia de representar uma ameaça e abordou as consequências da mudança de visão nos Estados Unidos após a chegada de Donald Trump à Casa Branca em 20 de janeiro.

Ao referir-se à continuidade do apoio de Paris a Kiev, apesar da decisão de Washington de negociar diretamente a paz com Moscou, o presidente mencionou a referida reunião com os chefes do Estado-Maior, sem fornecer detalhes dos participantes.

Limitou-se apenas a dizer que na reunião estarão presentes representantes militares de países que querem assumir a responsabilidade de enviar tropas europeias para a Ucrânia, cenário rejeitado pela Rússia, que alertou para as consequências de tal ação.

Segundo Macron, estas forças não realizariam missões de combate nem iriam para a frente, e o seu destacamento dependeria da assinatura da paz, com o alegado objetivo de oferecer garantias de segurança a Kiev.

Num outro comentário polémico do dia anterior, o líder francês afirmou abrir o debate sobre a possibilidade de colocar o arsenal nuclear francês ao serviço dos aliados como instrumento de dissuasão.

Moscou, na voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, considerou uma ameaça as intenções de Macron em relação ao eventual guarda-chuva nuclear francês no velho continente.

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