Sexta-feira, Março 14, 2025
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Questões migratórias, um instrumento de desestabilização contra Cuba

Havana, 13 mar (Prensa Latina) Os Estados Unidos utilizam há décadas a política migratória como instrumento de desestabilização contra Cuba, recordou Carlos Fernández de Cossío, vice-ministro do Ministério de Relações Exteriores.

O diplomata e especialista em relações internacionais explicou que essa prática tinha como objetivo inicial o roubo de talentos e, mais tarde, a desestabilização, negando vistos ou recusando-se a processá-los para cubanos, ao mesmo tempo em que incentivava o uso de rotas irregulares para chegar ao país do norte.

Ele destacou que, atualmente, muitas pessoas, depois de deixar Cuba (legalmente para outros países), conseguem chegar aos Estados Unidos como parte de operações de tráfico ou são vítimas delas, a grande maioria das quais é financiada e organizada a partir do território norte-americano.

É importante considerar, disse ele, que um grande número delas foi impelido a emigrar devido às difíceis condições econômicas em Cuba, exacerbadas pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, e incentivadas a fazê-lo pelo tratamento privilegiado que oferece aos cubanos proteção e facilidades para se estabelecerem naquele território.

Para De Cossio, é contraditório e cruel que agora se fale em expulsar pessoas que criaram famílias, têm empregos e propriedades nos Estados Unidos.

Essas ameaças não afetam apenas os cubanos que estabeleceram suas vidas nos Estados Unidos, mas também aqueles que desejam manter vínculos com seu país de origem, explicou ele no dia anterior no programa de rádio Mesa Redonda.

Cuba e os Estados Unidos têm acordos de migração que funcionam há anos e, nos últimos tempos, recebemos voos de retorno mensais, mas sempre dentro de uma estrutura de regras e condições estabelecidas, disse o especialista.

Nosso país está aberto a assimilar os retornos, mas sempre dentro dos termos acordados e levando em conta a história e as circunstâncias, mesmo quando os Estados Unidos continuam a aplicar políticas de agressão econômica e de outros tipos contra Cuba, afirmou o diplomata.

ro/evm/bm

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