Quarta-feira, Março 19, 2025
NOTÍCIA

Pelo menos 31 mortos no Iêmen após bombardeios dos EUA

Áden, 16 mar (Prensa Latina) Pelo menos 31 iemenitas foram mortos, incluindo seis líderes houthis, após uma onda generalizada de bombardeios dos EUA contra a área controlada pela milícia armada, e a imprensa árabe relata hoje dezenas de mortes.

O porta-voz insurgente Anis al-Asbahi relatou 31 mortes e 101 feridos, a maioria mulheres e menores, embora a extensão dos danos à infraestrutura civil e militar ainda seja desconhecida.

Nas últimas horas, o Pentágono lançou 10 ondas consecutivas de bombardeios contra instalações políticas e militares em seis províncias, incluindo Sana’a, a capital, e as províncias de Dhamar, Marib, Al-Baida, Taiz, Hajjah e Saada, informou o canal de notícias Al Arabiya.

Entre os alvos escolhidos estavam as casas de muitos dos líderes do grupo armado em Sanaa, bem como sua sede no bairro de Al-Jarraf e supostos depósitos de armas em Jabal Attan, disse ele.

Por sua vez, a Al Mayadeen TV esclareceu que o número de mortos não é definitivo e anunciou que seis líderes do movimento estavam entre os mortos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a ofensiva com “força letal esmagadora” e ameaçou o Irã com o mesmo destino, acusando-o de apoiar os Houthis.

Trump justificou a medida argumentando que os Houthis representam uma ameaça à navegação global devido aos seus ataques sistemáticos a embarcações ligadas a Israel que transitam pelo Mar Vermelho.

Essas alegações são incorretas e enganosas, respondeu Mohammed Abudl Salam, porta-voz dos insurgentes.

De acordo com o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, os Houthis atacaram navios de guerra dos EUA 174 vezes e embarcações comerciais 145 vezes desde o início da agressão israelense contra a Faixa de Gaza em outubro de 2023.

Apesar dos danos, o grupo permaneceu desafiador, anunciando em um comunicado na noite passada que continuaria suas operações navais “até que o bloqueio (israelense) da Faixa de Gaza fosse levantado”.

Os ataques são injustificados porque nossas ações são direcionadas contra Israel, e nossa resposta está chegando, alertou Muhammad al-Buhaiti, um líder do grupo.

A imprensa estadunidense informou que os ataques aéreos poderiam durar dias ou até semanas.

De fato, o The New York Times revelou que membros do Conselho de Segurança Nacional estão pressionando por uma ofensiva mais agressiva, embora Trump ainda não tenha endossado a ideia.

idm/rob/hb

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa