Em sua mensagem a Luciano Fontana, diretor do referido meio de comunicação, em carta publicada terça-feira no site Vatican News, o Sumo Pontífice expressou que no atual contexto internacional, “há uma grande necessidade de reflexão, calma e senso de complexidade”.
“Gostaria de encorajar você e todos aqueles que dedicam seu trabalho e inteligência a informar, por meio das ferramentas de comunicação que hoje unem nosso mundo em tempo real, a sentirem a plena importância das palavras.”
“Nunca são apenas palavras, são ações que constroem ambientes humanos”, que “podem conectar ou dividir, servir à verdade ou fazer uso dela”, expressou o Bispo de Roma.
Neste sentido, “é preciso desarmar as palavras, desarmar as mentes e desarmar a Terra”, enfatizou Francisco em sua carta, escrita quando foi internado na Policlínica Gemelli, num período de doença em que, “como já tive ocasião de dizer, a guerra parece ainda mais absurda”.
“A fragilidade humana, de fato, tem o poder de nos tornar mais lúcidos sobre o que dura e o que passa, o que nos mantém vivos e o que nos mata”, afirmou o Santo Padre.
“À medida que a guerra devasta comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova vida e credibilidade”, afirmou.
Por outro lado, “as religiões também podem aproveitar a espiritualidade dos povos para reacender o desejo de fraternidade e justiça, a esperança de paz”. “Tudo isso exige compromisso, trabalho, silêncio e palavras”, concluiu o Papa Francisco, que reafirmou sua exortação a “sentir-se unidos neste esforço”.
mem/ort/ls