Quarta-feira, Março 19, 2025
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45 obras do Apóstolo de Cuba José Martí são expostas na Guatemala

Cidade da Guatemala, 19 de mar (Prensa Latina) Uma exposição de 45 obras do Apóstolo da Independência de Cuba, José Martí, está hoje exposta na biblioteca César Brañas, da diretoria de extensão da Universidade San Carlos da Guatemala.

A iniciativa surgiu da preocupação de dar a conhecer todo o material que aqui existe sobre o herói da maior ilha das Caraíbas, sublinhou Luis Herrera, responsável daquele centro, Património Cultural desta Nação.

Por isso decidimos realizar esta exposição durante 15 dias, até 31 de março estaremos abertos, comentou em declarações à Prensa Latina, ao mesmo tempo que expressou que encontraram obras valiosas que não se encontram em nenhum outro lugar do país.

Mencionou o livro Iconografia do Apóstolo, de 1925, já com 100 anos, e garantiu que o jornalista, ensaísta, crítico literário e poeta Chapín César Brañas admirava Martí.

Destaques de sua herança pessoal incluem a Idade de Ouro, os Versos Simples, Mãe América, Ismaelillo e autores como Rubén Darío, o escritor guatemalteco Máximo Soto Hall, entre outros que abordaram a vida do intelectual cubano, disse o pesquisador Roberto Cifuentes.

Depois temos as cartas que José Martí escreveu a Manuel Mercado, leituras para crianças, a última edição do Ensaio Guatemala, além de outras muito importantes, afirmou.

“Vimos que a relação entre os nossos dois países remonta a 1800. Aqui existia uma escola fundada por alguns professores antilhanos e podemos lê-lo na obra de Soto”, disse Herrera.

Daí vem o vínculo entre Guatemala e Cuba, também esteve o patriota bayamês José Joaquín Palma, o Martí, que foi muito estudado nesta nação, enfatizou.

Este último é um exemplo para a América Latina, de alguém que lutou pela Revolução e pela identidade regional, concluiu o máximo representante da biblioteca, César Brañas.

O então jovem cubano, em apenas 15 intensos meses entre março de 1877 e julho de 1878, soube captar a essência do povo maia e deixou uma marca indelével no coração da terra do quetzal.

Descreveu a beleza de um vulcão, os costumes, a arquitetura, a riqueza gastronômica, a diversidade de línguas, cativou com seus discursos e trocou cartas com os amigos.

Atuou como professor na Escola Normal para Meninos e, como se não bastasse, seu filho José Francisco começou a crescer neste território centro-americano no ventre de Carmen Zayas Bazán.

As autoridades de meados do século passado batizaram uma rua central de Martí, diversos centros educacionais do país levam seu nome, assim como há bustos erguidos para homenagear essa personalidade das letras e da política latino-americana.

A Universidade de San Carlos fundou a Cátedra José Martí em 15 de outubro de 2018 e desde então se tornou um espaço acadêmico de reflexão e difusão do pensamento crítico.

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