“Estamos aguardando que a Procuradoria Geral informe ao povo do México, na próxima quarta-feira, o andamento das investigações e as provas que possui sobre esse caso”, disse a presidente Claudia Sheinbaum na segunda-feira, durante uma reunião com jornalistas.
Sobre os achados naquela localidade – entre os quais há pertences humanos como roupas e calçados – a chefe do Executivo garantiu que em seu governo “não haverá construção obscura de verdades históricas”.
“Estamos empenhados em dar certeza e verdade às famílias das pessoas desaparecidas, em esclarecer os fatos por meio das informações obtidas com provas científicas e em processar os responsáveis. Não haverá impunidade. Nunca esconderemos nada”, enfatizou.
No mesmo dia, Sheinbaum anunciou a implementação de ações e o envio de iniciativas de reforma ao Congresso da União para fortalecer a capacidade de resposta ao problema das pessoas desaparecidas.
“É um crime grave que deve ser prevenido, tratado e punido, e por isso vamos agir no âmbito da lei e com toda a força do Estado”, disse o dignitário, observando que cada autoridade (estadual, municipal, federal, Ministério Público, Judiciário) deve assumir sua responsabilidade.
Como parte das ações, o governador mencionou a assinatura de um decreto para fortalecer a Comissão Nacional de Busca, a fim de ampliar suas possibilidades de análise contextual e a aquisição de equipamentos tecnológicos.
“Para o governo mexicano, abordar o problema das pessoas desaparecidas e não localizadas é uma prioridade nacional. Também é uma prioridade nacional conhecer a verdade dos fatos e fazer justiça às vítimas e suas famílias”, reafirmou.
Lembrou que, no passado, os desaparecimentos eram perpetrados pelo Estado, mas agora eles estão ligados principalmente ao crime organizado.
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