Por Carmem Esquivel
Herrera prestou declarações à Prensa Latina ao participar no Chile, na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, na reunião regional sobre a implementação do Pacto Global para Migrações Seguras, Ordenadas e Regulares.
Só no ano passado, as remessas enviadas pelos guatemaltecos ao exterior foram de cerca de 20,5 bilhões de dólares, o que significa mais de 16 por cento do Produto Interno Bruto, disse o vice-presidente.
Nas suas palavras a esta agência, Herrera destacou a importância da participação neste tipo de eventos porque permite conhecer boas práticas de outros países e também articular esforços.
“Sozinhos podemos fazer algo, mas juntos podemos fazer mais”, disse ele.
O encontro é um espaço para levantar a voz pelo respeito pelos direitos das pessoas no contexto da mobilidade e também para analisar formas de regularizar a sua situação e obter vistos de trabalho temporários, afirmou.
Representantes de governos, do Sistema ONU, de entidades internacionais, do setor privado, da academia e da sociedade civil participam do fórum patrocinado pela CEPAL e pela Organização Internacional para as Migrações.
Os países da região enfrentam uma situação complexa devido ao endurecimento das políticas contra os migrantes nos Estados Unidos após a posse do presidente Donald Trump.
Só neste ano, a Guatemala recebeu mais de 4.860 cidadãos repatriados do norte do país, principal destino migratório dos latino-americanos e caribenhos.
Neste cenário, a vice-presidente informou sobre a implementação do plano Return Home, que visa garantir um regresso digno e com oportunidades aos seus compatriotas.
O programa tem várias fases. No primeiro, desenvolvido pelo Ministério das Relações Exteriores e pelos consulados dos Estados Unidos, todas as informações são fornecidas aos guatemaltecos para que conheçam seus direitos e o que podem fazer em cada caso.
Na segunda fase, declarou, os centros de acolhimento de repatriados estão a ser reforçados para que tenham um acolhimento caloroso e digno e garantam a sua segurança e bem-estar.
E no terceiro, foi desenvolvido um questionário para conhecer as competências de cada pessoa e assim ver a possibilidade de lhe garantir um emprego e a sua reintegração na vida social e económica.
A reunião no Chile aborda temas como inclusão, motores da mobilidade humana, rotas regulares, retorno, reintegração sustentável e cooperação regional.
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