Domingo, Março 23, 2025
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Segurança reforçada no STF para o julgamento de Bolsonaro no Brasil

Brasília, 20 de mar (Prensa Latina) O Supremo Tribunal Federal do Brasil dará hoje fim a um rigoroso plano para reforçar a segurança de sua sede na capital nos dias 25 e 26 de março, dias do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com o apoio da Polícia Militar, o esquema de proteção gira em torno do prédio e também será estabelecida uma iniciativa para prevenir ataques cibernéticos nesses dias.

Segundo o portal R7, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou os dias do julgamento, tem recebido ameaças, com aumento significativo de ataques, alguns por telefone, outros por e-mail.

A ideia do STF é restringir também o número de pessoas nas dependências do tribunal e impor mudanças no trânsito da Esplanada dos Ministérios.

O Supremo marcou para esses dias a análise da denúncia contra Bolsonaro e outras sete pessoas pela participação em suposto plano de golpe de Estado. Tal exame será realizado na primeira sala do tribunal em três sessões: duas no dia 25 e uma terceira no dia 26.

Devido ao ambicioso objetivo de permanecer no poder, Bolsonaro foi denunciado no dia 18 de fevereiro pela Procuradoria-Geral da República (Ministério Público) de tentativa de golpe.

Nessa data, a Procuradoria-Geral da República acusou o líder da direita da oposição de liderar uma organização criminosa para impossibilitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o derrotou nas eleições de 2022.

Os juristas explicam que no Brasil a lei pune tentativas de golpe, mesmo que a conspiração não tenha tido sucesso.

Os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado aparecem agora na acusação de 272 páginas, que envolve também outras 33 pessoas.

Ainda, os crimes de dano qualificado por violência e grave ameaça ao patrimônio da União, com danos consideráveis à vítima e deterioração dos bens declarados.

Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, que apresentou a denúncia ao Supremo, o então governante (2019-2022) também sabia e concordou com o complô para matar Lula, por envenenamento, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do tribunal.

No documento enviado à mais alta instância, a Procuradoria-Geral da República enumera os atos que sustentam as acusações em cada um dos crimes.

“Os integrantes da organização criminosa estruturaram, no interior do Palácio do Planalto (sede do Poder Executivo), um plano de ataque às instituições, com vistas à derrubada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de Punhal Verde e Amarelo”, afirma a acusação.

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