Trata-se de um momento particularmente sensível devido à guerra tarifária desencadeada pelo presidente estadunidense, Donald Trump, e a necessidade de que a Europa se proteja e busque alternativas com potências como a China, e aumente os negócios com a emergente economia do Vietnã.

A viagem de Sánchez ocorrerá de 8 a 12 de abril, com a primeira parada em Hanói, onde ele provavelmente se reunirá com o primeiro-ministro vietnamita Pháºím Minh Chính.

É provável que as reuniões sejam ainda mais extensas na Indochina, com uma agenda que está em processo de definição e com o precedente positivo de um diálogo entre Pham e Sánchez na estrutura do G-20.

Quanto à China, esta será a terceira visita do chefe de governo espanhol ao colosso asiático em três anos. Está programada uma reunião em Beijing com o líder chinês, Xi Jinping, que abordará claramente questões econômicas e comerciais em meio às tensões tarifárias da China com a União Europeia (UE) e os EUA.

Essa questão e a guerra na Ucrânia já foram discutidas por Sánchez e Xi em março de 2023 e em setembro passado.

Eles voltarão a essas questões e outras ideias relacionadas, de acordo com fontes não oficiais às quais a Prensa Latina teve acesso e que acrescentaram o interesse em abrir mercados para empresas espanholas.

Sánchez, sem dizer isso abertamente, está tentando se tornar um contrapeso à liderança incontestável do presidente francês, Emmanuel Macron, e também do primeiro-ministro britânico em ascensão, Keir Stamer, embora este último esteja fora da UE.

Consolidar os laços da Espanha com a China e fortalecê-los ainda mais com o Vietnã faz parte da estratégia da administração ibérica para evitar arruinar o bom momento econômico de que desfruta.

O papel de Sánchez já teve um resultado concreto quando ele propôs uma mudança na questão das tarifas chinesas sobre vários produtos, com uma abstenção no Conselho Europeu que foi bem recebida pelo gigante asiático.

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