No entanto, “essa evolução positiva não altera a diferença de gênero na taxa de emprego”, diz uma análise publicada no primeiro boletim trimestral do Conselho Nacional de Economia e Trabalho (CNEL), publicado no site oficial da agência governamental. De fato, entre as mulheres, a taxa de emprego é 16,8 pontos percentuais menor do que a dos homens, uma diferença que aumenta para 26,5% no caso das mulheres estrangeiras, de acordo com o estudo, que foi elaborado em conjunto com o Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Nesse sentido, o texto enfatiza a necessidade de “implementar políticas que promovam a participação das mulheres no mercado de trabalho, favorecendo a conciliação das necessidades do trabalho e da vida, e a igualdade salarial efetiva”.
Por outro lado, o documento destaca que o trabalho assalariado continua sendo o mais difundido nessa nação europeia, com uma proporção de trabalho em tempo parcial que ultrapassa 28% para as mulheres, em comparação com 7 pontos percentuais para os homens.
Os contratos por tempo indeterminado representam mais de 86,0% do trabalho assalariado para os homens, de acordo com o relatório, que também alerta para o alto número de jovens entre 15 e 29 anos que não estão estudando, trabalhando ou participando de atividades de treinamento.
Esses últimos somavam 1. 340 milhões de pessoas em 2024, mas, embora esse seja um número alto, é 4,8% menor do que o registrado no ano anterior.
Nesse boletim, a CNEL pede uma ação política mais eficaz para conseguir a inserção no mercado de trabalho dos 33,9% dos jovens italianos que não estão procurando emprego ativamente e não parecem estar dispostos a trabalhar.
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