Composta por seis estados – Camarões, Gabão, Congo, Chade, República Centro-Africana e Guiné Equatorial -, a Cemac enfrenta atualmente uma alta dependência de importações, com baixa diversificação de itens exportáveis e infraestrutura comercial insuficiente, avaliou o fórum. A integração da área é importante para a implementação efetiva da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), disse o Comissário Mbogo Ngabo Seli, responsável pelo mercado comum da Cemac. De acordo com o executivo equatoguineense, o debate ocorreu em uma recente cúpula do programa The Okwelians em Yaoundé, Camarões, dado o interesse em fortalecer o diálogo com o setor privado e a sociedade civil para construir um mercado comum dinâmico.
De acordo com Mbogo Ngabo Seli, é preciso avançar na implementação da estratégia sub-regional de substituição de importações adotada em 2023 para reduzir a dependência externa e promover a produção local.
A eliminação de barreiras não tarifárias, a promoção de infraestruturas, a estruturação de cadeias de valor industrial e o estabelecimento de mecanismos de financiamento adequados fazem parte do arsenal de medidas que podem contribuir para a coesão da área, enfatizou.
Segundo ele, é imperativo que o Cemac atue como um bloco para defender seus interesses diante da crescente concorrência, “ao mesmo tempo em que garante que a adesão ao AfCFTA não transforme a região em uma mera zona de trânsito para produtos estrangeiros”.
A Comissão do Cemac continua comprometida em trabalhar com todas as partes interessadas para garantir “uma integração econômica bem-sucedida e sustentável”, disse ele, citado em Malabo pelo Escritório de Imprensa e Informação da Guiné Equatorial em Malabo.
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