De acordo com o comunicado de imprensa do Grupo Ariston publicado na quinta-feira pela imprensa russa, a decisão do presidente Vladimir Putin de retirar a subsidiária russa da empresa da lista de entidades sujeitas à administração temporária permite que a empresa retorne a um mercado no qual opera há 50 anos.

À luz da decisão de Putin, a medida de 1o de agosto de 2024 para desconsolidar a Ariston Thermo Rus será revisada e as perdas relacionadas serão levadas em conta, disse o comunicado.

Na primavera passada, cem por cento das ações da estrutura russa da Ariston foram transferidas para a administração da Gazprom Domestic Systems. Essa cláusula do decreto presidencial foi agora reconhecida como nula e sem efeito.

A decisão das autoridades russas foi bem recebida pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.

Ele lembrou que, há um ano, organizou um comitê consultivo sob seu portfólio para encontrar maneiras de proteger as empresas italianas que continuam a operar na Rússia, inclusive contra o efeito das sanções ocidentais. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, há pelo menos 200 dessas empresas.

A Ariston Thermo Rus está registrada na região de Leningrado e sua principal atividade é a produção de eletrodomésticos. De acordo com relatórios da empresa, suas receitas em 2023 crescerão cinco por cento, chegando a US$ 102 milhões.

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