Em entrevista ao semanário Le Journal du Dimanche, ele defendeu o patriotismo dos líderes empresariais franceses, um apelo semelhante ao feito pelo presidente Emmanuel Macron após a decisão de Trump, anunciada na quarta-feira, de ativar tarifas recíprocas, que incluem uma tarifa de 20% sobre produtos da União Europeia (UE).
Segundo Lombard, a Casa Branca quebrou as regras do jogo, expondo os Estados Unidos a uma retaliação liderada pela Comissão Europeia, resultado de um esforço conjunto dos 27 países-membros do bloco.
O ministro negou qualquer intenção de lançar um boicote à economia do país do norte e afirmou que a resposta não pode ser de confronto total, mas sim direcionada a setores específicos.
Não se trata de taxar todas as importações dos Estados Unidos, o que seria contraproducente e prejudicaria ambos os lados, enfatizou.
Na quinta-feira, Macron levantou pela primeira vez a questão do congelamento de novos investimentos franceses nos Estados Unidos, um apelo que pegou vários líderes empresariais de surpresa em uma reunião no Palácio do Eliseu para analisar o impacto das tarifas, que devem ser particularmente severas em áreas como exportações de vinho e indústria aeronáutica.
A resposta da UE está preocupando empresas com forte presença no mercado dos EUA, com alertas de que intensificar a guerra comercial seria devastador.
Analistas acreditam que o ataque do velho continente deve se concentrar nos serviços, especialmente no aumento de tarifas para os gigantes da tecnologia conhecidos pela sigla Gafam (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft).
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