O rompimento de um oleoduto em 13 de março causou o derramamento de 25 mil barris de petróleo bruto nos rios e desencadeou uma catástrofe ambiental que afeta a vida dos habitantes da região, seus meios de subsistência e renda, bem como o acesso limitado à água potável.
A Unicef Equador alertou em seu relatório, publicado na quarta-feira em seu site, que crianças e mulheres grávidas correm maior risco de sofrer de doenças gastrointestinais.
O relatório informa que mais de 3 mil 500 pessoas receberam atendimento médico por doenças relacionadas à exposição ao petróleo, incluindo dermatite, infecções respiratórias e problemas psicológicos.
A emergência ambiental destruiu mais de 61 hectares de terras agrícolas e deixou nove praias contaminadas, afetando pescadores e agricultores.
A agência reconheceu que o governo está gerenciando a resposta em todos os níveis e implementou medidas de resposta rápida, incluindo o fornecimento de vales econômicos, embora isso não constitua uma solução de longo prazo.
Em resposta ao problema, o UNICEF lançou uma campanha internacional para mobilizar ajuda urgente para as crianças de Esmeraldas, que estão sofrendo uma das mais graves crises ambientais do país nos últimos anos e exigem uma resposta rápida e coordenada.
Esta semana, os habitantes da paróquia de Cube, na província costeira de Esmeraldas, protestaram para exigir atenção do Estado após o derramamento de petróleo, pois estão sem água potável desde o dia do incidente, com efeitos na saúde e perdas econômicas, devido à paralisação das atividades produtivas, pesca, agricultura e turismo.
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