Sábado, Abril 19, 2025
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Rússia responderá às entregas de armas japonesas à Ucrânia

Moscou, 11 abr (Prensa Latina) A Rússia tomará inevitáveis e duras medidas de represália contra qualquer iniciativa do Japão de participar no fornecimento de armas a Kiev, afirmou hoje a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país eslavo, Maria Zakharova.

A diplomata enfatizou que, no contexto de seu processo contínuo de remilitarização acelerada, o Japão está cada vez mais envolvido no conflito em torno da Ucrânia, estendendo seu apoio material e logístico ao governo de Kiev. Zakharova destacou que um exemplo claro disso é a decisão de Tóquio de participar do trabalho do Centro de Treinamento e Assistência à Segurança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia.

“A esse respeito, alertamos que qualquer ação do Japão para participar, direta ou indiretamente, no fornecimento à Ucrânia de armas e equipamentos militares destinados a matar cidadãos russos ou para auxiliar no treinamento de militares ucranianos, é considerada por nós como inequivocamente hostil”, enfatizou.

Se implementadas, medidas mais severas serão inevitavelmente aplicadas, causando danos significativos aos interesses do Japão nas áreas mais sensíveis, alertou.

A porta-voz ressaltou que essas ações destrutivas distanciam ainda mais o Japão do conceito de desenvolvimento pacífico do país, proclamado pelas gerações anteriores de políticos japoneses.

Elas também levam à perda de fato de seu status de estado pacifista, que era a base da confiança de seus vizinhos na região, mas também implicam a participação aberta de Tóquio nas aventuras militares e nos crimes da elite nacionalista ucraniana, com todas as consequências de longo prazo, acrescentou.

Anteriormente, foi relatado que o Japão pretende se juntar às atividades da missão da OTAN para coordenar os suprimentos militares para a Ucrânia e o treinamento de seus militares, de acordo com a declaração conjunta adotada após uma reunião em Tóquio entre o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte.

npg/gfa/bm

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