Todos os suprimentos essenciais estão se esgotando ali, advertiu em um comunicado Juliette Touma, diretora de meios e comunicações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo.
Ela disse que o esgotamento dos suprimentos básicos é acompanhado por um aumento significativo nos preços dos produtos disponíveis.
Isso significa que bebês e crianças estão indo para a cama com fome”, criticou Touma.
Em resposta, ele pediu a Israel que suspendesse imediatamente o cerco ao enclave costeiro e permitisse a entrada desimpedida de suprimentos humanitários e comerciais.
Em 2 de março, as forças armadas de Israel fecharam as passagens de fronteira para a Faixa, causando uma deterioração sem precedentes na situação humanitária, de acordo com relatórios do governo local e da ONU.
Há apenas alguns dias, as autoridades de saúde do território alertaram que cerca de 60.000 crianças correm o risco de sofrer complicações graves de saúde devido à desnutrição causada pela falta de alimentos.
A falta de nutrição adequada e de água limpa agravará os problemas de saúde, enfatizaram.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou que Gaza está ficando sem medicamentos devido ao cerco total imposto pelo exército.
Temos uma escassez total de 37 porcento dos medicamentos, 59 porcento dos suprimentos e 42 porcento das vacinas para crianças, afirmou.
Por sua vez, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que o bloqueio israelense tem consequências terríveis para um milhão de crianças palestinas.
Sem esses itens essenciais, é provável que a desnutrição, as doenças e outras condições aumentem, elevando o número de mortes infantis que poderiam ser evitadas, disse o Unicef.
O acesso à água potável para 1 milhão de cidadãos, incluindo 400 mil crianças, caiu de 16 litros por pessoa por dia para apenas seis, lamentou.
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