Domingo, Abril 13, 2025
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Gaza está à beira da fome, alerta a ONU

Ramallah, 12 abr (Prensa Latina) A Faixa de Gaza se aproxima hoje da fome extrema como resultado do bloqueio total imposto por Israel há mais de seis semanas, denunciou uma agência da ONU.

Todos os suprimentos essenciais estão se esgotando ali, advertiu em um comunicado Juliette Touma, diretora de meios e comunicações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo.

Ela disse que o esgotamento dos suprimentos básicos é acompanhado por um aumento significativo nos preços dos produtos disponíveis.

Isso significa que bebês e crianças estão indo para a cama com fome”, criticou Touma.

Em resposta, ele pediu a Israel que suspendesse imediatamente o cerco ao enclave costeiro e permitisse a entrada desimpedida de suprimentos humanitários e comerciais.

Em 2 de março, as forças armadas de Israel fecharam as passagens de fronteira para a Faixa, causando uma deterioração sem precedentes na situação humanitária, de acordo com relatórios do governo local e da ONU.

Há apenas alguns dias, as autoridades de saúde do território alertaram que cerca de 60.000 crianças correm o risco de sofrer complicações graves de saúde devido à desnutrição causada pela falta de alimentos.

A falta de nutrição adequada e de água limpa agravará os problemas de saúde, enfatizaram.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou que Gaza está ficando sem medicamentos devido ao cerco total imposto pelo exército.

Temos uma escassez total de 37 porcento dos medicamentos, 59 porcento dos suprimentos e 42 porcento das vacinas para crianças, afirmou.

Por sua vez, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que o bloqueio israelense tem consequências terríveis para um milhão de crianças palestinas.

Sem esses itens essenciais, é provável que a desnutrição, as doenças e outras condições aumentem, elevando o número de mortes infantis que poderiam ser evitadas, disse o Unicef.

O acesso à água potável para 1 milhão de cidadãos, incluindo 400 mil crianças, caiu de 16 litros por pessoa por dia para apenas seis, lamentou.

jha/rob/glmv

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