O jornal disse que as últimas três vítimas fatais foram mortas na noite passada na cidade de Ramla e outra em uma explosão de carro na cidade de Arabah.
Os números apontam para um ano particularmente sangrento, que pode bater recordes sombrios, advertiu.
A polícia se vangloriou esta semana sobre o grande número de criminosos presos, mas esses números contam a história toda, com a impotência diante do crime levando a um derramamento de sangue interminável nas ruas, disse.
O jornal informou que, desde que o político de extrema direita Itamar Ben Gvir assumiu o cargo de ministro da Segurança Nacional, pelo menos 552 membros dessa comunidade foram mortos em Israel.
Em fevereiro, o prefeito da cidade de Lod, Yair Revivo, atacou o governo na rede social X pela falta de ações claras para combater a violência e as gangues criminosas que assolam a comunidade.
O Estado de Israel decidiu implementar o plano do presidente americano Donald Trump, só que melhor: reduzir a população de árabes-israelenses”, ironizou.
Revivo fez alusão à proposta de Trump de expulsar a população palestina da Faixa de Gaza, o que provocou críticas ferozes no Oriente Médio e em todo o mundo.
Em vez de transferi-los, o que é uma grande dor de cabeça, permitimos que eles se matem uns aos outros, disse o prefeito.
Em 2023, 244 árabes foram mortos em Israel, o dobro do número contado em 2022, de acordo com dados da organização não governamental Abraham Initiatives, um grupo criado em 1989 para promover a integração e a igualdade dessa comunidade na nação levantina.
A análise dos dados mostra que há um aumento nos casos de assassinato em todo o país, e o principal motivo é o crescimento da atividade das organizações criminosas, disse ele.
Os descendentes de palestinos que não foram expulsos de suas terras após a criação do Estado judeu em 1948 reclamam desde então que são tratados como cidadãos de segunda classe.
Uma pesquisa realizada em março de 2022 revelou que 94 porcento dos árabes que vivem em Israel já sofreram racismo e discriminação por parte da maioria judaica em algum momento.
Muitos líderes comunitários culpam a polícia por ignorar e até mesmo tolerar organizações criminosas poderosas.
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