Em diferentes partes do país, com seus costumes originais, expressam seu repúdio à militarização, aos abusos no campo, à exclusão e à má gestão da pandemia.
A Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC) faz um apelo urgente à comunidade internacional, aos irmãos de Abya Yala e aos democratas do mundo para que continuem a expressar publicamente e pelos respectivos canais diplomáticos sua preocupação com os atos de violência nesta Nação sul americana.
Também para que intercedam junto ao governo colombiano para que cesse o tratamento bélico dado ao protesto social.
A ONIC também solicita o reforço das missões de verificação que permitam a coleta de informações verídicas sobre a vulnerabilidade e os múltiplos efeitos sobre os direitos humanos à vida e integridade de todos os colombianos.
O grupo de povos ancestrais da Colômbia, denunciou a violência no país desencadeada pelas ‘ações desproporcionais da Polícia Nacional e em particular da Esmad (Esquadrões Anti-motins).
‘Há mais de 60 anos sofremos os rigores da guerra, além dos efeitos que a pandemia já deixa em todos os sentidos, vemos com dor como todo o país se torna vítima, porque o que está ameaçado é a democracia’, enfatiza. .
Acrescenta que a Colômbia é uma sociedade que aposta na paz e ao mesmo tempo destaca que os atos de vandalismo ocorridos durante o protesto não os representam.
‘Também não podemos aceitar a falta de empatia deste governo e sua incapacidade de compreender que a desigualdade, a fome e a pobreza também levam ao desespero e à desesperança, muito menos naturalizamos que a resposta a esses eventos é a violência do Estado’, comenta.
Alerta que os povos e nações indígenas, um dos atores mais determinados na construção inequívoca de uma sociedade pacífica, inclusiva, democrática e com justiça social e um dos setores mais violados desde a assinatura dos acordos de paz, têm autoridade moral para exigir a desmilitarização das cidades.
Esta é uma exigência incontornável para que se abra um verdadeiro diálogo social, que deve convocar todas as organizações e setores que participaram da greve nacional iniciada em 28 de abril, frisou.
Exige que o Congresso, o Ministério Público, o Ministério Público e a Ouvidoria atuem no âmbito de seus deveres constitucionais e jurídicos e investiguem os fatos que lamentam a vida dos colombianos que corroboram a urgência de uma reforma profunda que desmantele a Doutrina de Segurança militar segundo a qual o povo é um inimigo interno.
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