Segundo a Agência do Senado, o legislador comentou que esse comando entrou em vigor durante a gestão do general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde e acabou agravando a pandemia no país.
Nesta semana os ex-ministros do setor Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual titular Marcelo Queiroga, compareceram à CPI, que apura ações, omissões ou negligências do Poder Executivo contra o patógeno, e no dia 19 de maio Pazuello também o fará.
Para o vice-presidente da comissão, a existência dessa equipe contribuiu para a saída de Mandetta e Teich do cargo.
Com Queiroga, especificou o deputado, houve tentativas de retomada da gestão adequada da saúde, mas ainda sob forte resistência imposta pelo presidente Jair Bolsonaro.
‘Uma coisa é percebida na cabeça do presidente (Bolsonaro) e outra na de qualquer médico ou técnico que vá para o Ministério da Saúde’, comentou Rodrigues.
Para o senador Rogério Carvalho, a primeira semana de audiências do CPI permitiu ter uma ideia da participação de Bolsonaro na propagação da pandemia.
Denunciou que o ex-militar defendeu medicamentos ineficazes, incentivou a aglomeração, vetou o uso de máscaras para se proteger do vírus e não buscou vacinas para imunizar a população.
Carvalho alertou que Bolsonaro continua obstruindo a entrega de insumos devido às acusações contra a China e continua combatendo o isolamento social, necessário para conter a pandemia.
Na opinião do deputado Humberto Costa, a primeira semana da comissão foi ‘muito boa’.
Ele especificou que as exposições e respostas dos ex-ministros da saúde mostraram que, na prática, Bolsonaro estava tentando mudar as diretrizes técnicas para lidar com a pandemia, ignorando os princípios científicos adotados em todo o mundo.
Até o momento, o Brasil acumula 416.949 mortes e 15.003.563 infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
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