Ele garantiu que isso é corroborado pela recente descoberta de arquivos militares ocultos, o que mostra a falsidade nas declarações das instituições militares de que não houve mais informações sobre os anos de 1973 a 1985.
Dias atrás, o presidente da nação, Luis Lacalle Pou, e o ministro da Defesa, Javier Garcia, entregaram cinco livros e duas pastas descobertas em um complexo do Exército, ao procurador da Justiça, Jorge Díaz, e ao Instituto Nacional de Direitos Humanos (Inddhh).
Errandonea destacou que ‘este arquivo tem apenas 1.600 folhas, é uma parte muito pequena, é algo escondido em um quartel, existem arquivos centrais de inteligência que ainda estão escondidos’.
Ele lembrou que os apreendidos em 2006 por Azucena Berrurruti, ministra da Defesa do primeiro governo da Frente Ampla, têm mais de três milhões de páginas.
Errandonea concluiu que a totalidade se mantém oculta nas Forças Armadas, das quais deve ser exigida sua entrega.
Por sua vez, o presidente do Inddhh, Wilder Tayler, afirmou em declarações ao Portal de Montevidéu que as auditorias a este respeito serão realizadas em outras unidades militares e para marcar uma linha de proatividade que tem significado.
‘Em geral, as informações escritas do arquivo não levam diretamente à constatação de desaparecimento forçado’, comentou, ‘mas outros elementos que interessam à Justiça, por exemplo, começam a ser acionados’.
jcm/hr/jcfl