Segundo o parlamentar, esta posição do Ministro do Interior Gérald Darmanin poderia gerar violência e confrontos, exatamente o que o funcionário garantiu que ele procura evitar com a medida.
Na véspera, Darmanin atribuiu a recusa de autorização para mobilizar o objetivo de evitar ‘graves problemas de ordem pública encontrados em 2014’, referindo-se aos confrontos entre manifestantes e policiais durante os protestos contra a agressão israelense contra a Faixa de Gaza no verão daquele ano.
Falando à emissora pública France 2, Coquerel observou que um grande número de manifestações em apoio aos palestinos e em defesa da paz tem ocorrido na França desde então sem dificuldades.
É surpreendente que não possamos fazer aqui o que está acontecendo em todos os lugares, disse ele, referindo-se a ações mundiais condenando a violência israelense, que é culpada por dezenas de mortes em Gaza bloqueada e centenas de feridos em Jerusalém Oriental ocupada.
O líder da LFI e candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon também questionou no Twitter na noite passada a proibição de sair às ruas, medida implementada já na quarta-feira pela Prefeitura de Paris em protesto convocado por insubordinados, comunistas e grupos de solidariedade para exigir que o governo francês tome uma posição condenando o assassinato de palestinos.
Ontem, tanto o Presidente Emmanuel Macron quanto o Ministro das Relações Exteriores Jean-Yves Le Drian pediram a paz no Oriente Médio, mas suas declarações causaram desconforto em setores progressistas, ao repudiar o lançamento de foguetes em território israelense e não fazer o mesmo com os bombardeios aéreos lançados contra Gaza.
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