Soma-se a este cenário a decisão criticada do Presidente Iván Duque, que ontem ordenou às forças de segurança que empregassem sua ‘máxima capacidade operacional’ para recuperar a mobilidade nas estradas, algumas delas bloqueadas no contexto das mobilizações maciças contra seu governo.
Em meio a este panorama, ontem à noite o general Juan Carlos Rodríguez, comandante da polícia metropolitana de Cali, uma cidade militarizada, renunciou em meio à pior crise que esta região e o país estão passando na história recente.
Na segunda-feira, o Comitê Nacional de Greve informou que a administração Duque se recusou a oferecer garantias para o protesto social na Colômbia, uma condição para negociar uma saída para a crise atual no país.
A organização enfatizou que ainda está esperando por uma resposta concreta e séria para garantir o exercício do protesto e está disposta a manter o diálogo enquanto as garantias solicitadas forem efetivas.
Ela assegurou que a ‘resposta real’ recebida do governo a suas exigências para iniciar as negociações foi a ‘brutal violência policial’ desencadeada desde domingo no município de Yumbo, onde pelo menos uma pessoa morreu e mais de 20 ficaram feridas.
Em Yumbo, no departamento do Vale de Cauca, o Esmad atacou a população com todas as suas forças, ao ponto de uma bala ter causado uma explosão perto da sede da companhia petrolífera estatal Ecopetrol, de acordo com relatórios.
Eles me dizem que, em enorme e macabra provocação, explodiram um tanque do Ecopetrol em Yumbo, como o incêndio do Reichstag na Alemanha, que precedeu o holocausto, forças tenebrosas querem incendiar a guerra e a grande matança contra o povo da Colômbia, escreveu em seu Twitter o senador Wilson Arias, do Polo Democrático.
Após os desacordos e a repressão, o Comitê Nacional de Greve apelou para as maiores e mais pacíficas mobilizações pela paz e pela vida, para amanhã, quarta-feira.
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