Este grupo, que promoveu os massivos protestos desde 28 de abril, informou nesta segunda-feira que ambas as partes se reuniram, mas o governo Duque se recusou a oferecer garantias para o protesto social, um dos pedidos para iniciar a negociação.
Ele lamentou que, durante a reunião, o presidente Duque ordenou o desdobramento da capacidade operacional máxima da força pública para desbloquear as ruas.
‘Duque declara guerra à paralisação quando ordena o destacamento do máximo das Forças Militares e Policiais nos locais de concentração pacífica que hoje existem no país’, disse Francisco Maltés, porta-voz do Comitê Nacional da Greve, após ouvir o despacho do executivo.
Essa entidade frisou que ainda aguarda uma resposta concreta e séria, para garantir o exercício do protesto e está disposta a manter o diálogo desde que as garantias solicitadas sejam eficazes.
‘A greve continua. Pela vida e pela paz mantemos o apelo às maiores e mais pacíficas mobilizações para esta quarta-feira, 19 de maio, com todos os protocolos de biossegurança’, convocou.
Já foram 22 dias ininterruptos de mobilizações na Colômbia contra as políticas econômicas e sociais do governo Duque.
De 28 de abril até hoje, 43 pessoas morreram na Colômbia, provavelmente nas mãos da força pública, durante os dias da greve, segundo o relatório mais recente da ONG Temblores.
O informe ainda ressalta menos 2.387 casos de violência policial, sem contar os desaparecimentos; além de 384 vítimas de violência física e 1.139 prisões arbitrárias contra manifestantes.
O relatório também acrescentou 472 intervenções violentas, 33 vítimas de agressões oculares, 146 atos de tiros de arma de fogo; 18 vítimas de violência sexual e cinco de violência de gênero.
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