De acordo com o Conselho Eleitoral Provisório (CEP), devem chegar cerca de 12 mil equipamentos, como urnas e cabines de votação para escolas, entre outros materiais.
Eles se juntarão aos 2.950 kits de treinamento e mais de 24.000 frascos de tinta indelével, geralmente aplicada nos dedos dos eleitores como marca de segurança, que chegaram ao país na semana passada.
O CEP conta ainda com cerca de dois mil smartphones para transmissão rápida de resultados e equipamentos de informática para a central de apuração de votos, ressaltou Hubert Jean, porta-voz da instância.
O porta-voz anunciou ainda que estão a analisar as disposições legais sobre a participação da diáspora no plebiscito e a avançar no estabelecimento de todas as estruturas para a sua realização.
Pouco mais de um mês após o início do exercício, e enquanto o CEP está dando passos gigantes, o governo ainda não estabeleceu um consenso político que permitiria o estabelecimento de um clima de paz durante o referendo. De fato, na véspera, centenas de cidadãos marcharam nas ruas da capital contra esta iniciativa, enquanto as principais plataformas políticas incentivam a população a não participar no plebiscito que consideram inconstitucional.
‘Nem referendo nem eleição com Jovenel Moise. O Artigo 134-2 da Constituição deve ser respeitado’, disse André Michel, porta-voz do Setor Popular e Democrático, que descreveu a manifestação de terça-feira como um sucesso.
Com bandeiras, galhos de árvores e faixas, os cidadãos denunciaram o referendo e criticaram o presidente Jovenel Moise por considerarem que está tentando estabelecer uma ditadura no país.
Lembraram, ainda, que esse tipo de consulta popular é proibido pela Constituição atual e denunciaram ao CEP que não havia sido juramentado perante o Tribunal de Cassação.
Por seu lado, Moise defendeu ontem a nova constituição, afirmando que permitirá ao Estado chegar às secções comunais e restaurar os direitos políticos da diáspora.
No discurso de comemoração do 218ú aniversário da criação da bandeira, pediu à população que não perdesse a oportunidade de votar SIM à nova Constituição.
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