Depois de mais de sete horas de perguntas na quarta-feira, a audiência da comissão teve que ser suspensa para votação no plenário do Senado. O presidente do CPI, senador Omar Aziz, alertou que 24 senadores ainda estão inscritos para fazer perguntas a Pazuello, general ativo nas Forças Armadas.
‘Não sabíamos a que horas terminaria a sessão do Senado. Acho que não incomoda. Temos o dia todo amanhã (esta quinta-feira) para falar com o ex-ministro Pazuello’, disse Aziz.
Na avaliação do chefe da comissão, Pazuello ontem se esquivou de algumas dúvidas, mas terá mais cinco ou seis horas na frente dos parlamentares.
A Agência do Senado indicou que, para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, e o relator Renan Calheiros, o alto funcionário mentiu várias vezes aos parlamentares, além de omitir informações.
Segundo Rodrigues, as contradições na declaração mostram que Pazuello terá que enfrentar outros declarantes da CPI.
O ex-ministro estava ‘fingindo responder’ e negava as mesmas declarações que havia feito antes, disse Calheiros.
Ele especificou que o general sentiu um pequeno mal-estar e foi atendido pelo médico senador Otto Alencar, mas logo se recuperou.
‘Ele tinha a chamada síndrome vasovagal, que ocorre muito em pessoas que passam por momentos de tensão e ficam sem comer por muito tempo’, explica Alencar.
Como o depoimento de Pazuello será retomado nesta quinta-feira, a audiência de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde, foi adiada para terça-feira.
A CPI foi criada para investigar a gestão do Poder Executivo na pandemia e fiscalizar a aplicação dos recursos federais pelos estados e municípios.
O Brasil acumula até o momento 441.691 óbitos e 15.812.055 infectados pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador do Covid-19.
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