O dia de luto decretado pelo governador, Alberto Cirio, incluiu o hasteamento das bandeiras nacional, regional e da União Europeia a meio mastro, bem como um minuto de silêncio às 12h00, hora local, em homenagem às vítimas.
A tragédia ocorreu há uma semana, quando uma cabine de teleférico caiu no vazio e rolou morro abaixo com 15 passageiros a bordo após o rompimento do cabo de tração, prestes a concluir a jornada de subida a uma altura de 1.492 metros.
A procuradora responsável pela investigação, Olimpia Bossi, disse em declarações à imprensa que o sistema apresentava anomalias óbvias, conscientemente ignoradas por quem os conhecia para evitar a suspensão do serviço pelo tempo necessário à sua correção.
Nesse sentido, ele confirmou a manipulação do mecanismo ao introduzir um dispositivo que impedia o acionamento do freio de emergência quando ocorria a emergência.
Bossi destacou que o Ministério Público apóia suas investigações nas hipóteses de homicídio múltiplo, lesões muito graves – em relação ao filho sobrevivente que ainda se encontra em estado crítico – desastre culposo e, possivelmente, ataque culposo por violação das normas de segurança no transporte de passageiros.
Como supostos autores, o proprietário da administradora do teleférico, Luigi Nerini, o diretor interino, Enrico Perocchio e o chefe de serviços Gabriele Tadini, que reconheceu ser o autor das modificações no mecanismo de freio para manter o teleférico funcionando, foram preso.
Por decisão da juíza de instrução, Donatella Banci Buonamici, apenas Tadini permanecerá em confinamento domiciliar, enquanto os outros dois implicados aguardarão a conclusão do processo.
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