Depois da reunião de ontem, o Comitê responsabilizou o governo de Iván Duque pela lentidão do processo.
Explicou que avançaram muito pouco no acordo sobre as garantias do direito a protestar, uma das condições para que sentem e conversem.
Foi lembrado que chegaram a um acordo preliminar com 34 medidas em 24 de maio, que o governo desfez em 29 de maio e propôs mudanças regressivas em praticamente todo o texto.
O grupo formado por sindicatos, organizações sociais, entre outros, acrescentou em comunicado que, das 34 medidas, em 16 há concordância, em 11 é necessário precisar os termos e em nove são identificadas grandes discrepâncias.
As questões onde existem divergências são a não participação das forças militares nos protestos, a autonomia das autoridade locais na gestão das mobilizações, o não uso de armas de fogo nas marchas, as condições para a intervenção da Esmad nos protestos e o mecanismo de monitoramento do acordo, especificou.
Em relação aos bloqueios de estradas, ele destacou que há uma redução significativa e restam apenas 23 pontos, mas há processos de diálogo e negociação para eliminá-los.
‘É nossa vontade continuar promovendo e facilitando, na medida do nosso alcance, diálogos e acordos territoriais para avançar à redução e sustentabilidade dos bloqueios de estradas’, frisou o comitê.
Enfatizou-se interesse e vontade do grupo de se chegar a um acordo pelo qual continua nas negociações.
‘O responsável pela demora para se chegar a um acordo é o governo nacional’, enfatizou os organizadores.
Ele frisou que nos 36 dias de greve nacional não se mostrou vontade para se alcançar as negociações e chegar a acordos e soluções concretas nos pontos do plano de emergência apresentado há um ano: renda básica, saúde, emprego, educação, desenvolvimento agrícola.
‘Soluções que esperam milhões de colombianos e colombianas’, disse o Comitê de Greve.
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