O presidente do STF, Luiz Fux, colocou o assunto em pauta a pedido da desembargadora Carmen Lúcia, relatora dos recursos do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos.

Um terceiro processo foi apresentado pelo PT e tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski.

Para o PSB, ‘a intensa movimentação de visitantes em território nacional promoverá a evidente disseminação do Covid-19 em vários estados brasileiros, bem como a potencial entrada de novas variantes virais’.

Por sua vez, a entidade sindical solicitou ao Supremo Tribunal Federal que determine que o Brasil não pode sediar competições internacionais tendo em vista a necessidade de isolamento social, o evidente estado de pandemia e uma calamidade pública.

Depois de propor o julgamento, Carmen Lucía destacou a ‘excepcional urgência e relevância do caso, e a necessidade de sua rápida conclusão’, levando em consideração que a competição começa no domingo nesta capital e se estenderá até 10 de julho.

A audiência do tribunal superior será totalmente digital, na qual seus ministros inscrevem a votação em sistema eletrônico.

O evento esportivo continental seria realizado na Colômbia e na Argentina, mas foi cancelado no primeiro país devido ao surto social que enfrenta e no segundo devido ao avanço do Covid-19.

O Brasil, então, foi surpreendentemente escolhido como sede da Confederação Sul-americana da disciplina (Conmebol) e a decisão teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, sua implantação em solo nacional recebe fortes críticas de quase todos os setores da sociedade brasileira, em especial de especialistas em saúde pública e de políticos, tendo em vista os números alarmantes de vidas perdidas pelo patógeno que chegam a 480 mil.

Inicialmente, o Governo informou que exigiria a vacinação de todos os membros das delegações. Então, ele voltou atrás e especificou que os atletas seriam testados a cada 48 horas.

O STF seria o último obstáculo a ser vencido para o torneio regional que seria realizado sem expectadores em Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia.

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