O documento – apresentado por Cuba e aprovado por consenso – reitera que este país insular constitui uma nação latino-americana e caribenha, com identidade nacional própria e inconfundível, apesar do longo processo de colonização a que está submetido.
Também reconhece que, no contexto do agravamento significativo da crise econômica e fiscal em Porto Rico, a situação atual impede que as pessoas tomem decisões soberanas para atender às suas necessidades, definir seu futuro e enfrentar seus graves problemas econômicos e sociais.
Da mesma forma, o texto inclui a preocupação com a imposição a Porto Rico, pelo Congresso de Washington, de um Conselho de Controle Fiscal que exerce poderes de controle sobre as autoridades e legislativos eleitos naquela ilha.
Da mesma forma, a resolução observa que a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu no caso Porto Rico vs. Sánchez Valle que a fonte original e última de autoridade governamental naquela ilha é o Congresso norte-americano.
O anterior deixa claro que qualquer concessão limitada de autogoverno a Porto Rico pode ser revogada unilateralmente pelo referido Congresso, indicou a delegação cubana ao apresentar o texto.
Além disso, a resolução reitera a preocupação com as ações realizadas contra ativistas pró-independência porto-riquenhos, incluindo a repressão e intimidação conhecidas em documentos divulgados por agências federais dos Estados Unidos.
O documento reconhece os pronunciamentos das Cúpulas da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, da Aliança Bolivariana para os Povos de nossa América e de outros fóruns multilaterais.
Segundo o representante permanente de Cuba junto às Nações Unidas, Pedro Luis Pedroso, a aprovação do texto é a contribuição mais efetiva que este órgão pode dar à justa causa do povo de Porto Rico, em sua luta pelo direito a livre determinação.
Na sexta-feira, a delegação cubana apresentou o projeto de resolução sobre a Questão de Porto Rico perante a Comissão Especial de Descolonização em nome de Antígua e Barbuda, Bolívia, Nicarágua, Venezuela, Síria e Rússia.
Por 39 ocasiões, o documento foi aprovado pela Comissão e 21 delas ficaram sem votação.
Vários peticionários porto-riquenhos participaram da sessão de hoje, cujas contribuições são importantes para o trabalho desta Comissão, segundo a representação diplomática cubana.
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