A Agência do Senado informou que a CPI ouvirá o depoimento de Luis Ricardo Fernandes Miranda, funcionário da pasta de saúde, e de seu irmão, o parlamentar Luis Miranda.
Fernandes Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério, informou ao Ministério Público Federal e à imprensa que foi pressionado para acelerar o processo de compra da Covaxin, da indiana Bharat Biotech.
Essa negociação está sob suspeita devido ao valor unitário das vacinas, considerado alto, e a participação de uma empresa intermediária (Precisa Medicamentos).
Em entrevista ao jornal O Globo, o governante garantiu que alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas, mas o governo nega qualquer anomalia.
O pedido de depoimento dos irmãos foi feito pelo relator da CPI, Renan Calheiros, que, juntamente com o presidente da comissão, Omar Aziz, notificou a preocupação com a segurança dos declarantes.
Aziz pediu proteção à Polícia Federal para os irmãos.
Em nota, Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, agrediu o legislador e anunciou procedimento administrativo disciplinar contra o funcionário.
Os senadores também aprovaram o pedido de convocação do tenente-coronel Alex Lial Marinho, braço direito do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Marinho ocupava o cargo de coordenador geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde e seria um dos autores da pressão a favor do imunizante indiano, segundo reportagens da mídia.
A CPI aprovou a violação do sigilo bancário, fiscal, telefônico e das redes de Marinho.
Em sua oitava semana de denúncias, a bancada senatorial investiga a atuação do Poder Executivo contra a Covid-19, que até o momento cobrou 509.141 de vidas e 18.243.483 de infectados devido ao coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença.
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