‘Esta normativa discrimina uma população por motivos raciais, no passado nós entramos com uma denúncia na Corte Suprema contra ela, e se for colocada em votação, vamos nos opor’, anunciou a formação de esquerda, com seis cadeiras no Knesset (parlamento nacional).
De acordo com a imprensa, essa será a posição oficial do líder do partido e ministro da Saúde Nitzan Horowitz, embora alguns de seus deputados possam apoiar a iniciativa, que impede a concessão automática da cidadania a palestinos casados com israelenses.
O Executivo, liderado pelo líder de extrema-direita Naftali Bennett, adiou a votação para a próxima segunda-feira devido à impossibilidade de alcançar a maioria no legislativo, composto por 120 membros.
Vários jornais destacam que o adiamento visa tentar convencer os quatro deputados do partido árabe-israelense Raam, um dos quais qualificou o projeto de racista e antidemocrático.
A aliança tem o apoio de apenas 61 cadeiras, então é fundamental para Bennett somar cada voto a favor da normativa, promulgada pela primeira vez em 2003 e prorrogada desde então a cada seis meses.
O jornal The Times of Israel revelou que a Ministro do Interior, a ultranacionalista Ayelet Shaked, advertiu Raam e Meretz que se eles não apoiassem a iniciativa, o Governo promoveria um novo projeto para reformar o sistema de imigração, e assim facilitar um número maior de deportações.
O Likud e outros partidos de direita que estão na oposição apoiaram historicamente essa lei, mas desta vez se mostram relutantes em seguir o mesmo caminho, que foi aqui interpretado como uma tentativa de prejudicar politicamente a coligação.
No entanto, o deputado do Likud, Eli Cohen, anunciou que sua formação estaria disposta a apoiar uma breve prorrogação de dois meses se o Executivo se comprometer a promover um projeto legislativo que promova restrições aos palestinos permanentemente.
A reunificação da família permite que um israelense solicite a cidadania de seu cônjuge estrangeiro.
A maioria dos pedidos são apresentados por árabes-israelenses, totalizando quase 1,9 milhão, em nome de um cônjuge palestino que vive na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza.
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