Numa aparição na televisão nacional, o presidente disse que o país é vítima de uma estratégia de guerra não convencional com o objetivo de quebrar a unidade entre o povo, o governo e o Partido Comunista de Cuba.
Observou que nas últimas semanas as mensagens contra a Revolução aumentaram nas redes sociais para manipular sentimentos, criar descontentamento e estimular protestos.
Díaz-Canel salientou que a principal causa dos problemas existentes na ilha é a persistência do bloqueio económico, comercial e financeiro de Washington, razão pela qual o discurso nas plataformas da Internet contra o governo está cheio de calúnias e manipulações, disse.
O bloqueio estadunidense nos limitou na aquisição de medicamentos ou matérias-primas para a produção destes, bem como dos insumos necessários com vista à obtenção de vacinas contra o Covid-19, ilustrou ele.
Do mesmo modo, recordou como os esforços mediáticos foram direcionados para o problema da eletricidade, a escassez de alimentos e medicamentos, e a existência de lojas com vendas em moeda estrangeira, ‘todas estas, consequências do bloqueio’, disse ele.
O presidente alertou para a necessidade de, nesta situação, as pessoas evitarem ser confundidas e serem capazes de visualizar os aspectos por onde querem manipular e separar as pessoas, insistiu.
A este respeito, o membro do Secretariado do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC) Rogelio Polanco, explicou que a guerra não convencional inclui ações nos domínios econômico, político, mediático e de sabotagem, para além da aplicação de medidas coercivas unilaterais para provocar carências e limitações.
Mencionou o estímulo de motins de rua e o confisco de instalações para provocar aquilo a que chamou explosão social e mudança de regime, incluído num manual aplicado em vários países do Oriente Médio, Europa e América Latina, disse ele.
O espaço público digital reproduz todas estas narrativas a partir da deturpação, manipulação de fatos, criação de notícias falsas para provocar a ingovernabilidade, acusar falsamente as autoridades, dividir instituições e minar a unidade nacional, explicou o chefe do Departamento Ideológico do PCC.
Não é algo improvisado, mas muito bem pensado; contudo, foi demonstrado que é possível derrubar estas ações quando existe uma população organizada, mobilizada e consciente dos seus objetivos como nação e de sua história, observou.
Foi o que Cuba demonstrou ontem perante as tentativas de desestabilização, que geraram a rejeição de amplos sectores dos cidadãos em todo o país e estimularam ações em defesa da Revolução, concluiu Polanco.
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