Em declarações exclusivas à Prensa Latina, o alto funcionário tipificou algumas das etapas e características das manifestações do passado domingo na ilha, a posterior manipulação dos acontecimentos, o que, assegurou, é uma reiteração do roteiro de atentados que Washington implementou em alguns países latino-americanos.
‘O primeiro é o uso da matriz do caos, da situação do iminente, para justamente tentar gerar a ansiedade e a aparência de que sistemas, instituições sociais e políticas estão desmoronando’, disse.
Tudo isso, disse ele, cria um efeito, dá uma visão de uma avalanche do ponto de vista da comunicação, um abalo dos estados de opinião, descontextualização de informações e notícias para tirá-los da ordem de grandeza.
O também Ministro de Planificação exemplificou a este órgão como no caso da Venezuela essa estratégia foi posta em prática, durante a tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez, onde a mídia desempenhou um papel fundamental a favor da direita golpista.
Outro aspecto, frisou, é o manejo de imagens, gráficos, símbolos, o uso de fotos de outros lugares que são manipulados, para fazer com que as pessoas e a opinião pública acreditem que existe uma crise de grandes dimensões.
A criação de gabinetes de governo provisórios ou fictícios é outra das secções dos manuais aplicados, neste caso, o alto funcionário mencionou o fato inédito da autoproclamação como presidente interino do ex-deputado Juan Guaidó, em praça pública com o consentimento e ao apoio da Casa Branca e seus aliados.
Para Menéndez, a chamada ajuda humanitária também faz parte desse roteiro que os Estados Unidos e outras nações ocupantes aplicam com sucesso em alguns países.
‘Apresentar as ajudas humanitárias como atos inocentes de atores intocados que buscam gerar ordem é uma experiência em países em guerra, onde bandos em conflito são maquiados, se introduzem ONGs disfarçadas de protagonistas imparciais e, a partir daí, penetram e corrompem os esquemas das organizações e instituições ‘, afirmou.
Criar uma crise moral nas pessoas, fazê-las ver que os anos de luta e sacrifício não faziam sentido, que o incômodo é consequência do modelo político, fazê-las acreditar que as teses do socialismo não funcionam, é outra das matrizes que são tratadas, frisou o vice-presidente.
Em Cuba, destacou o ministro, vemos como eles ignoram 60 anos de bloqueio, as agressões constantes a que foi submetida aquela nação, as consequências das medidas coercitivas e unilaterais impostas são minimizadas e ignoradas.
Para Menéndez, porém, o erro fundamental que Washington comete na ilha caribenha é ignorar o povo, seus valores, seu espírito de resistência, de combate, de consolidação do processo revolucionário. ‘Não contam com o fato de que Cuba seja um exemplo de dignidade; tem sido um farol de moralidade para todos os povos do mundo. Vai dar uma nova lição ao imperialismo e uma causa de luta para todos os países’, afirmou.
Estou convencido, disse antes de concluir seu intercâmbio com esta agência de notícias, que Cuba vencerá, triunfará e seguirá em frente.
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