Acho que foi a mais bela resposta que se poderia dar, dita em diálogo com Prensa Latina, autor de quatro romances inspirados em diferentes períodos da história de Cuba, da colonização espanhola ao triunfo da Revolução em 1ú de janeiro de 1959.
‘Tabaco’ (2011), ‘Lua Cheia’ (2014), ‘O Canto das Nuvens’ (2017) e ‘O Vento e Antes do Vento’ (2018) são os livros dedicados a momentos relevantes da nação cubana como um processo histórico único.
Fraschetti trabalha atualmente em um romance inspirado na vida do líder estudantil comunista cubano Julio Antonio Mella (1903-1929) e em sua relação na vida e na luta política com a artista e revolucionária italiana Tina Modotti (1896-1942).
Referindo-se aos tumultos ocorridos em várias cidades cubanas há uma semana, o narrador destacou que não se tratava de um protesto nascido na nação caribenha, mas sim importado dos Estados Unidos, cujo governo ‘sempre inventa a mesma dinâmica’.
Nesse sentido, indicou que a atual administração norte-americana aproveitou ‘o momento, as dificuldades criadas na ilha a partir da pandemia Covid-19 e, sobretudo, do bloqueio que dura mais de 60 anos’.
Devemos dizer assim, disse ele, porque se queremos ajudar Cuba de alguma forma, devemos encontrar uma forma de os Estados Unidos levantarem o bloqueio, intensificado com 243 medidas adicionais que o estão sufocando.
É claro que há um problema que não se resolve com o envio de quatro criminosos para atacar os estabelecimentos comerciais, mas com o levantamento do bloqueio, destacou, acrescentando que a notícia que chega à Itália ‘é totalmente falsa’.
A este respeito, denunciou que a suposta repressão da polícia cubana que massacra os manifestantes é uma falsidade forjada, que se ‘esvazia’ pela impossibilidade de apresentar provas.
Eles têm uma máquina de propaganda assustadora, vimos isso antes na Venezuela e em muitos outros países onde as chamadas revoluções coloridas aconteceram. Eles criam situações de emergência em certos países e depois intervêm, disse ele.
Na opinião do escritor, ‘a estratégia é sempre a mesma’, apresentando uma realidade em que se não fosse os Estados Unidos o mundo estaria em perigo, quando é mesmo o contrário.
Podemos lembrar exemplos como a guerra suja contra a Nicarágua, a invasão do Panamá, a derrubada do governo de Unidade Popular no Chile em 1973 e, finalmente, Venezuela e Bolívia, disse ele.
Fraschetti destacou que é sempre a mesma dinâmica em que os Estados Unidos atuam como o policial mundial para impor sua visão, que nada mais é do que ‘liberalismo e exploração’, violando a independência e a soberania dos povos e o princípio da autodeterminação.
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