Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, lamentou a permanência desta política, embora a comunidade internacional a tenha rejeitado consecutivamente e por maioria na Assembleia Geral das Nações Unidas durante os últimos 29 anos.
Lembrou que durante sua existência, o cerco hostil havia causado perdas econômicas de mais de 144 bilhões de dólares para a ilha.
De acordo com o porta-voz, o gigante asiático opõe-se à imposição de ações unilaterais desta ou de qualquer outra natureza e defende a manutenção da ordem internacional baseada na lei e na justiça.
‘A China acredita que o direito de cada país de escolher independentemente seu sistema social e seu caminho de desenvolvimento deve ser respeitado. A China apoia firmemente Cuba na exploração de um caminho de desenvolvimento de acordo com suas condições nacionais e rejeita a interferência de forças estrangeiras em seus assuntos internos’, disse ele.
Zhao também expressou o apoio de Beijing à nação caribenha para enfrentar a pandemia da Covid-19, mantendo a estabilidade social e melhorando o bem-estar social, bem como aprofundando as relações bilaterais e a amizade.
O oficial fez este pronunciamento ao comentar os comícios de sábado em Cuba em apoio à Revolução e à causa socialista.
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores chinês manifestou apoio à ilha na proteção da estabilidade social, rejeitou qualquer interferência nos assuntos internos e exigiu que os Estados Unidos pusessem fim ao bloqueio, considerando-o a principal causa da escassez de medicamentos e energia no país.
Enfatizou a vontade de Beijing de trabalhar com Havana para implementar o consenso alcançado pelos principais líderes e para aprofundar os laços amistosos cultivados ao longo de 60 anos.
Destacou a resposta do presidente cubano Miguel Díaz-Canel aos acontecimentos de 11 de julho e lamentou qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos do território antilhano.
A China uniu-se assim a várias nações e organizações em todo o mundo na condenação dos atos subversivos, manifestações e apelos à intervenção na maior ilha antilhana.
Os analistas denunciam isto como uma estratégia de Washington já aplicada em outras nações da América Latina e do Caribe para incitar a agitação social, preparar o terreno para o uso dos militares e a interferência direta. mem/ymr/bm