O Instituto Nacional de Saúde (INS) coordenará a iniciativa, anunciada na véspera pela Coalizão para Inovações de Preparação para Epidemias (CEPI) e pelo Instituto Internacional de Vacinas (IVI), de acordo com a publicação online Carta de Moçambique.
Segundo a fonte, a pesquisa será parte de um programa de pesquisa para expandir o acesso dos países africanos às vacinas pandêmicas.
A CEPI fornecerá financiamento de até US$12,7 milhões ao Consórcio para a Expansão e Fornecimento de Vacinas Covid-19 na África (Ecova), especificamente para a realização de ensaios clínicos da vacina BBIBP-CorV da Sinopharm.
No caso de Moçambique, o estudo será realizado nos territórios da Beira e Maputo, diz o relatório, sem especificar dados sobre a possível amostra populacional.
Os primeiros resultados intermediários devem estar prontos antes do final de 2021, e espera-se que os participantes do ensaio sejam seguidos por dois anos para reunir dados sobre a eficácia da vacina a longo prazo.
Segundo a CEPI, eles também avaliarão o desempenho do medicamento em pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o potencial de coadministração das vacinas BBIBP-CorV e influenza sazonal.
Da mesma forma, investigarão a segurança e imunogenicidade dos cronogramas de vacinação mista anti-Covid-19 com as preparações BBIBP-CorV e AstraZeneca, já que a combinação potencial poderia proporcionar flexibilidade para campanhas de vacinação em tempos de incerteza ou flutuação de fornecimento, disse a organização.
Segundo o diretor-geral do INS Moçambique, Ilesh V. Jani, é de grande interesse medir a eficácia das vacinas contra novas cepas do SARS-CoV2, particularmente as variantes Beta e Delta, que atualmente causam a maioria das infecções na região.
Enquanto isso, a Diretora de Saúde e Bem-estar do INS Sónia Enosse estimou que os dados da Ecova também gerarão informações epidemiológicas adicionais sobre os padrões de transmissão do SARS-CoV-2, que serão valiosas para enfrentar a pandemia em escala global.
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