Em reiteradas ocasiões, o Presidente Nicolás Maduro ratificou a vontade negocial do Executivo, mas também na condição de as facções da oposição promoverem o levantamento imediato de todas as medidas coercitivas implementadas pelos Estados Unidos contra o país.
Da mesma forma, levantou como premissa para qualquer conversa o reconhecimento dos poderes e instituições públicas do Estado, e pediu a incorporação no processo de todos os setores políticos que desejem participar.
‘Estamos indo a uma negociação em nome do legítimo Governo da Venezuela, que tem um presidente eleito em 20 de maio de 2018 segundo a Constituição e seu nome é Nicolás Maduro’, disse o chefe da Assembleia Nacional (Parlamento), Jorge Rodriguez.
Em entrevista à Venezolana de Televisión, o parlamentar e representante do Executivo Bolivariano e das diversas iniciativas de diálogo com a oposição, destacou a importância de se estabelecer um compromisso contra a promoção de ações violentas para especificar uma agenda política.
‘Todos nós assinamos um documento onde se diz que qualquer forma de violência é renunciada para sempre para obter um fim ou benefício político’, disse o presidente da comissão legislativa para o diálogo, paz e reconciliação nacional.
Rodríguez afirmou ainda que as negociações devem ter a presença de todos os grupos de oposição do país, para não se desenvolver um processo incompleto.
Acrescentou que em meio às negociações do governo nacional com a oposição, ficou evidente que o menor setor é o representado por Juan Guaidó – reconhecido pelos Estados Unidos e vários de seus aliados como presidente em exercício. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, garantiu na véspera que o Executivo Bolivariano está pronto para iniciar uma nova jornada de diálogo com a oposição do país, acertada a ser realizada no México.
A este respeito, o Chefe do Estado sublinhou que os porta-vozes oficiais do alto comando político da Revolução para estes esforços já se comunicaram com as diferentes organizações adversas para estabelecer uma agenda de acordos, com a mediação do Reino da Noruega, para avançar nos acordos pela paz e soberania do país.
‘Estamos prontos para sentar em uma agenda realista, objetiva e verdadeiramente venezuelana, para chegar a acordos parciais pela paz e soberania da Venezuela, para que todas as sanções penais sejam suspensas’, frisou o dignitário.
Durante discurso público, Maduro comemorou a vontade majoritária do direito de participação nas próximas eleições marcadas para 21 de novembro.
Maduro exortou a oposição a permanecer no caminho constitucional e democrático, uma vez que ainda existem setores extremistas que não abandonam o caminho da violência; ‘Estaremos de olhos abertos’, alertou.
‘(…) venham às eleições, venham ao terreno constitucional, abandonem a violência, o golpe, a política da fantasia e do mal, venham onde sempre deveriam ter estado, no processo político eleitoral pacífico da Venezuela’, frisou o líder.
Em meados de julho, o Executivo Bolivariano apresentou provas documentais ligando os líderes extremistas da oposição aos ataques perpetrados nos últimos dias contra alvos civis e policiais por gangues paramilitares urbanas.
Os planos desestabilizadores incluíam novas tentativas de assassinato contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro usando drones e franco-atiradores durante os eventos comemorativos realizados em 22 de junho em Carabobo e 5 de julho em Caracas, respectivamente.
Segundo as autoridades, as ações violentas foram planejadas pelo fugitivo Leopoldo López, de Madri, por meio de instruções dirigidas a integrantes da organização extremista Voluntad Popular, em coordenação com gangues armadas do setor Cota 905.
Da mesma forma, os atos de violência coincidiram com a recente chegada ao país de uma delegação técnica da União Europeia para avaliar se há condições de designar uma missão eleitoral para as eleições de 21 de novembro.
Nesse sentido, a congruência dos eventos armados com esta visita também significou uma fabricação de eventos típicos da recriação de um estado falido, para sabotar o reconhecimento internacional do próximo exercício democrático.
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