Mikati comentou sobre a difícil missão de montar um gabinete, embora haja uma chance de sucesso se todos trabalharmos juntos, disse ele.
Considerado um dos homens mais ricos do Líbano, em duas ocasiões anteriores ocupou o mesmo cargo, em 2005 durante um gabinete de transição e de 2011 a 2014.
A partir desse último estágio, a percepção popular destaca que, por meio de manobras sombrias, o governante acumulou sua fortuna.
No entanto, obteve uma clara maioria de 72 votos na sessão do Parlamento, que contou com a presença de 118 legisladores; 42 se abstiveram, três não participaram e um sugeriu o ex-representante libanês da ONU Nawaf Salam.
Mikati prometeu que sua formação governamental implementará as reformas contidas na iniciativa francesa destinada a tirar o Líbano da pior crise financeira e econômica desde a guerra civil de 1975-90.
‘Teremos sucesso se os esforços forem unidos. Não tenho uma varinha mágica e não posso fazer milagres, principalmente porque a missão é difícil’, disse ele.
O próximo executivo estará alinhado com a iniciativa francesa que recomenda uma formação composta por especialistas distantes dos partidos políticos para promulgar modificações importantes, incluindo a reformulação do setor elétrico moribundo e a auditoria forense das contas do Banco Central.
A proposta desenhada pelo presidente francês Emmanuel Macron continua paralisada por líderes políticos libaneses rivais, a quem a percepção popular culpa o atual desastre socioeconômico do país.
Apesar dos anúncios de uma catástrofe total, Mikati comentou que espera superar o mau momento, pois tem garantias do exterior.
Sem a cooperação de todos os libaneses, e especialmente sem o apoio internacional, ele disse, não teria dado o passo de aceitar a posição.
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