Um comunicado assinado pelo gabinete do primeiro-ministro e pelos órgãos de Defesa e Finanças especifica que o aumento visa ‘o rearmamento e o fortalecimento’ das Forças Armadas. A estação de rádio Kan revelou há dias que os militares exigiram 2,7 bilhões de dólares adicionais para se preparar para uma possível incursão contra as instalações nucleares da nação muçulmana.
O governo de coalizão, formado no mês passado, deve aprovar o orçamento geral para 2022 no parlamento em novembro ou ele será dissolvido automaticamente, o que forçaria a quinta eleição a ser realizada a partir de abril de 2019.
Nesse contexto, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, reconheceu nesta quarta-feira que seu país ‘está atuando’ contra o Irã, embora tenha evitado dar mais detalhes sobre o assunto.
Durante uma entrevista com a versão persa da BBC, ele expressou que Tel Aviv se reserva o direito de agir contra Teerã. ‘Temos capacidades e métodos sobre os quais não posso fornecer mais detalhes’, frisou.
Embora aquela nação assegure que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos de geração de eletricidade e é um direito soberano, o Estado judeu insiste em considerar esse projeto como uma ameaça contra seu território.
Em várias ocasiões, o governo iraniano acusou Israel de sabotar instalações nucleares, bem como o assassinato de inúmeros cientistas ligados ao desenvolvimento desses centros.
No início de julho, Gantz ameaçou com uma operação militar, à qual seu homólogo iraniano, Amir Hatami, respondeu que se seu país fosse atacado, devolveria o golpe com contundência.
A Força Aérea israelense bombardeou um reator nuclear iraquiano em 1981, uma ação que provocou duras críticas da comunidade internacional e a aprovação de duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU que condenaram a incursão.
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