Durante a última semana, alimentos, suprimentos médicos, seringas e materiais de biossegurança chegaram a Cuba para ajudar na complexa situação causada pelo Covid-19, após os piores números da pandemia em julho.
A chegada dessas doações ratifica o apoio da comunidade internacional contra o cerco americano e desafia os anúncios de interferência nos assuntos internos da ilha por parte da administração de Joe Biden.
Dois navios e uma aeronave do México, um avião da Força Aérea Boliviana, dois da Rússia, ventiladores de pulmão da China, alimentos da Venezuela e suprimentos médicos da Jamaica juntaram-se aos esforços dos concidadãos no exterior para contribuir.
A política hostil de mais de 60 anos afeta a saúde e os direitos alimentares dos cubanos mais do que nunca, disse o presidente boliviano Luis Arce.
‘Toda nossa solidariedade com a nação caribenha, que não só enfrenta os efeitos da pandemia, mas também o brutal bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos’, escreveu ele antes da partida da doação aprovada por seu governo.
Por sua vez, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador reafirmou sua posição contra o cerco americano e a interferência nos assuntos internos do país.
‘Existe uma situação delicada em Cuba, porque eles sofrem de um bloqueio desumano, uma medida extrema, típica dos tempos medievais, que mostra um grande atraso na política externa, e nada tem a ver com a fraternidade que deveria existir entre os povos do mundo’, reconheceu ele.
Cuba devolverá esses gestos na medida do possível e com seus próprios esforços, assegurou o Ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, durante a recepção do primeiro embarque da nação asteca.
Enquanto isso, a Ministra do Comércio Interno, Betsy Díaz, disse que o governo está avaliando diferentes mecanismos para a entrega equitativa dessas doações à população.
‘Nunca será muito pouco e retribuiremos a solidariedade’, disse ela.
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