Segundo o Ministério da Fazenda e Crédito Público (SHCP), a dívida pública cresceu para 1.851.211.000.000 de pesos (quase 100 bilhões de dólares) a partir de dezembro de 2018, quando López Obrador começou no fechamento de junho de 2021.
A partir dessa data, o relatório acrescenta, o equilíbrio histórico das necessidades financeiras do setor público – a medida mais ampla da dívida – atingiu seu segundo maior recorde, atrás apenas do de março deste ano.
Como resultado, acrescenta, os dados mais recentes mostram que a dívida pública é de 12.402.930.100.000 de pesos (mais de 603 bilhões de dólares), o equivalente a 47,9% do produto interno bruto.
Assim, em 30 meses da atual administração, sem contar o primeiro de dezembro, o montante das obrigações públicas teve um crescimento real (descontada a inflação) de 7,15%, um valor inferior ao do período comparável dos três mandatos de seis anos anteriores, explicou o Tesouro.
A administração Vicente Fox informou em dezembro de 2000 uma dívida pública de 2,051 trilhões de pesos (mais de 102 bilhões de dólares), e 30 meses depois havia dobrado.
Sob seu sucessor, Felipe Calderón, o equilíbrio histórico das necessidades financeiras do setor público aumentou em 19,22%, e sob o comando de Enrique Peña Nieto foi pior, pois a dívida atingiu 403 bilhões de dólares, um aumento de 25,28%.
O ministério indicou que até hoje, e em meio à crise global mais grave dos últimos 88 anos, o México é uma das economias que menos recursos adicionais tem utilizado para ampliar o apoio fiscal.
Várias organizações, incluindo o Instituto de Finanças Internacionais, enfatizaram que, embora o país esteja entre aqueles que enfrentam menos pressões fiscais após os primeiros meses da pandemia da Covid-19, é também onde se espera que o crescimento a médio prazo seja o mais atrasado.
Neste contexto, uma extensão de aproximadamente 12,155 bilhões de dólares de direitos de saque especiais, aprovada pelo Fundo Monetário Internacional, será utilizada para antecipar o pagamento da dívida, anunciou o Presidente López Obrador, revelou o Tesouro.
Por sua vez, o governador do Banco do México, Alejandro Díaz de León, disse que isso é possível se os recursos forem comprados pelo governo federal.
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