23 de November de 2024
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Listas punitivas no arsenal dos EUA contra Cuba

Listas punitivas no arsenal dos EUA contra Cuba

Havana, 20 ago (Prensa Latina) Ao contrário da ordem e das relações internacionais, os Estados Unidos usam listas de forma unilateral e coercitiva para punir outros Estados, uma prática da qual Cuba é vítima.

Um exemplo disso foi a decisão do Presidente Donald Trump, no fim de seu mandato, de reincorporar a ilha caribenha à lista de países que promovem o terrorismo, amarrando assim a mão do governo de Joe Biden, que manteve o curso anti-cubano conduzido pelo milionário republicano desenfreado.

‘O governo estadunidense cria esta iniciativa de lista, dá-lhe conteúdo e alcance e, ao mesmo tempo, examina as ações de outros estados, empresas e entidades. Também decide se algum deles se qualifica para inclusão na lista, e se isso não for suficiente, é o sancionador’.

Esta foi a opinião da especialista jurídica Desireé Llaguno, professora assistente de Direito Público Internacional na Universidade de Havana, em entrevista à Prensa Latina.

É precisamente a implementação de sanções que é o objetivo das listas, enfatizou ela.

Não é coincidência que numerosas empresas cubanas estejam em ‘listas negras’ com as quais os Estados Unidos procuram asfixiar a economia da ilha caribenha, seja cortando remessas, proibindo transações e perseguindo carregamentos de combustível, entre outros métodos.

O turismo, que até a pandemia era uma das maiores fontes de renda de Cuba e de crescimento mais rápido, não é exceção. Centenas de hotéis e instalações turísticas no arquipélago cubano foram punidos por Washington.

A lista de Cidadãos Cubanos Especialmente Designados (SDN), funcionários do governo e altos funcionários das Forças Armadas e do Ministério do Interior, aos quais o governo dos EUA impôs sanções unilateralmente, também está crescendo.

No mês passado, a administração Biden, fazendo eco a Trump, manteve Cuba na lista de países ligados ao tráfico de pessoas.

Desta vez, como antes, a intenção era atingir a cooperação médica internacional de Cuba, que salvou ou contribuiu para salvar a vida de milhões de pessoas em mais de 160 países e que, especialmente durante a pandemia, trouxe alívio a cerca de 40 Estados.

A este respeito, LLaguno considerou que questões sérias como o terrorismo, a luta contra as drogas, o tráfico de pessoas e outras são utilizadas para implementar sanções econômicas, bloqueios, congelamento de ativos em bancos norte-americanos e medidas de isolamento político.

‘O mais interessante é que para todas estas questões existe um sistema de medidas promovido pelas Nações Unidas, que paradoxalmente não são levadas em conta para qualificação ou não’, disse a especialista.

Ela exemplificou que, desde 29 de dezembro de 1979, o Departamento de Estado emitiu a lista de patrocinadores estatais do terrorismo internacional, de acordo com sua própria legislação, como a Lei de Assistência Externa dos Estados Unidos de 4 de setembro de 1961.

Também a Lei de Controle de Exportação de Armas dos Estados Unidos de 30 de junho de 1976 e a Lei de Administração de Exportação de 1979.

São mecanismos de interferência nos assuntos internos que têm como objetivo final, no caso de Cuba, uma mudança em seu sistema político, disse o também membro da Sociedade de Direito Internacional da União Nacional de Juristas.

‘Estamos diante do desrespeito sistemático pelo direito do povo cubano de determinar livremente seu status político e de decidir livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural’, concluiu ela.

oda/ool/vmc

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