O representante iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Kazem Gharibabadi, descreveu a política de Washington e Londres neste setor com dois pesos e duas medidas.
Além disso, o funcionário criticou os países ocidentais por acusarem o Irã de buscar tecnologia nuclear não civil, enquanto admitia que americanos e britânicos assinassem um acordo para fornecer submarinos movidos a urânio para armas.
‘É lamentável que aqueles que nos repreendem por enriquecer urânio a 60 por cento de pureza para fins humanitários e pacíficos decidam vender submarinos militares com um nível de enriquecimento acima de 90 por cento para a Austrália’, disse ele.
O Reino Unido, Austrália e Estados Unidos concordaram em formar uma parceria chamada Aukus para fortalecer suas defesas e compartilhar tecnologias avançadas, incluindo a aquisição de submarinos com propulsão nuclear.
Por isso, o país oceânico cancelou o contrato para a compra de submarinos elétricos a diesel da França e, em troca, receberá tecnologia fornecida por Washington para construir navios com propulsão nuclear.
Gharibabadi reiterou que todos os membros da AIEA têm o direito de desenvolver programas nucleares para fins pacíficos, independentemente da pureza do enriquecimento de que necessitem.
Os Estados Unidos e o Reino Unido colocaram em risco o Tratado de Não Proliferação Nuclear, observou ele, naquele contrato com a Austrália.
Seus padrões duplos e hipocrisia são evidentes, disse ele, com suas alegações de preocupação com as armas de destruição em massa, enquanto encoraja a expansão da tecnologia nuclear militar com sua venda para a Austrália.
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