Desde a última segunda-feira, quando começou a etapa de alto nível do 76ú período de sessões da Assembleia Geral, o chefe de Estado cubano defendeu uma ordem internacional mais justa e democrática, na qual ninguém fica para trás.
Durante o Momento sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o mandatário lembrou que Cuba assumiu os 17 compromissos consciente ‘dos grandes desafios que nos impõe a condição de um Estado insular em desenvolvimento e o impacto do cruel bloqueio económico, comercial y financeiro imposto pelos Estados Unidos’.
Por meio de videoconferência, o dignitário denunciou que o cerco a Washington, intensificado durante a pandemia de Covid-19, constitui o principal freio aos esforços do país para avançar no desenvolvimento econômico-social e na implementação da Agenda 2030.
Em reunião da Aliança dos Pequenos Estados Insulares, Díaz-Canel também ratificou o compromisso da ilha com a mudança climática. ‘Os países desenvolvidos devem assumir sua responsabilidade em apoiar os esforços para alcançar o desenvolvimento sustentável de todos os povos e salvar o planeta das ameaças que causaram’, afirmou.
Díaz-Canel também destacou a vontade humanística de Cuba diante desses riscos e denunciou o papel das nações desenvolvidas na destruição do meio ambiente devido a padrões irracionais de consumo.
No debate geral da ONU na quinta-feira passada, o presidente apelou a um multilateralismo renovado e reforçado, à cooperação solidária e à procura de soluções globais para problemas comuns.
Nesse sentido, ele fez um apelo para reverter a desigualdade no processo global de vacinação contra a Covid-19.
Centenas de milhões de pessoas em países de baixa renda ainda estão esperando por sua primeira dose e não podem nem mesmo estimar se algum dia a receberão, ele exclamou.
Em seu discurso, ele descreveu como inconcebível que tal desigualdade ocorra quando o gasto militar em 2020, em meio à pandemia, foi de quase 2 trilhões de dólares.
Em outro momento de seu discurso, destacou a determinação de seu país em apoiar causas justas e enfrentar abusos, agressões estrangeiras, colonialismo e racismo.
Por sua vez, o chanceler da ilha, Bruno Rodríguez, fisicamente presente na Assembleia Geral, manteve encontros separados com homólogos de vários países, entre eles Rússia, Catar, Argélia, Irã, Nicarágua, Venezuela e Guatemala.
Além disso, ele falou com altos representantes de organizações multilaterais, desde o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao presidente da 76ª sessão, o diplomata Abdulla Shahid.
Em todos os casos, ele destacou o compromisso da ilha com o multilateralismo, a cooperação em diferentes áreas e o estrito respeito aos princípios da Carta das Nações Unidas.
Representantes diplomáticos de Cuba defenderam esses mesmos critérios em vários foros colaterais que acompanharam a presente sessão.
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