Durante um discurso público, o chefe de Estado reiterou sua rejeição aos recentes atos de violência e discriminação perpetrados contra os venezuelanos na cidade chilena de Iquique, incluindo uma operação para expulsar seus abrigos temporários pelas autoridades e a queima de seus pertences por setores extremistas.
Nesse sentido, Maduro ratificou o compromisso do Executivo Bolivariano de garantir o retorno seguro à Venezuela de todos os migrantes que o desejem, para o qual ordenou a imediata ativação do plano ‘Vuelta a la Patria’ (Volta à Pátria, em espanhol).
‘Os venezuelanos agredidos em Iquique têm uma pátria que os acolhe e os ama’, sublinhou o presidente, condenando a campanha de ódio e a deturpação do fenômeno migratório, bem como o claro componente anti-venezuelano das políticas de deportação do governo, afirmou ele.
‘Boa parte da responsabilidade por esses ataques contra o povo venezuelano corresponde à posição de líderes da oposição que espalham o ódio contra o país por todo o continente’, disse o presidente.
O chanceler Félix Plasencia informou na véspera o andamento da coordenação com a Embaixada da Venezuela no Chile e as autoridades competentes para repatriar compatriotas vítimas de ataques xenófobos.
Da mesma forma, o Executivo Bolivariano coordenará com o governo do Peru uma ampliação especial do Plano Volta à Pátria, que incluiria 42.000 venezuelanos que desejam retornar à sua pátria, segundo fontes oficiais.
Em repetidas ocasiões, as autoridades de Caracas denunciaram a manipulação do fenômeno migratório por agentes externos para justificar posições intervencionistas nos assuntos internos da nação sul-americana.
Por sua vez, a Relatora Especial da ONU, Alena Douhan, reconheceu o impacto das medidas coercitivas implementadas pelos Estados Unidos no aumento da migração de cidadãos venezuelanos para outros países, em busca de uma melhor situação econômica.
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