Em sua conta no Twitter, o diretor-geral para os Estados Unidos no Ministério das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío, confirmou que ‘uma manifestação ou marcha de protesto cujo objetivo ostensivo é levar mais cedo ou mais tarde à derrubada do governo não pode ser autorizada, muito menos quando é promovida a serviço dos EUA’.
O diplomata cubano fez referência aos acontecimentos de terça-feira, quando várias autoridades municipais da ilha do Caribe negaram a autorização para uma marcha convocada para o próximo mês de novembro, uma ação considerada ilegal e provocatória.
‘Não há direito constitucional de servir como um instrumento do imperialismo’, ressaltou Cossio.
Em outra mensagem sobre a rede social, o diretor geral dos Estados Unidos exortou as pessoas a olharem a história da América Latina para ver se há algum episódio em que o governo da nação norte-americana tenha apoiado as lutas dos povos contra a opressão dos governos oligárquicos.
‘O imperialismo é o inimigo do povo e sua causa de justiça. É o aliado natural do opressor’, disse ele.
Um editorial publicado hoje pelo diário Granma aponta que os organizadores deste evento estão usando preceitos constitucionais para defender estratégias anticonstitucionais.
O jornal menciona que a constituição atual foi aprovada há apenas três anos por 86,85% dos eleitores, e afirma que em nenhum caso os pronunciamentos sobre a irrevogabilidade do sistema socialista podem ser reformados.
O maior diário nacional assegura que nem agora nem no futuro o direito de manifestação pode ser usado para subverter o sistema político, para derrubar o projeto socialista ou para estabelecer alianças com grupos e organizações que recebem financiamento estrangeiro, com o objetivo de promover os interesses do governo dos EUA.
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