A delegação venezuelana é chefiada pelo Ministro da Indústria e Produção Nacional, Jorge Arreaza, enquanto a delegação russa é chefiada pelo vice-primeiro ministro, Yuri Borisov.
Reunidas desde ontem no Hotel Presidente em Moscou, as duas delegações têm analisado o estado de conclusão dos vários projetos de cooperação bilateral e as perspectivas de novos acordos conjuntos.
Na quarta-feira, o vice-ministro venezuelano da Economia e Finanças, Héctor Silva, destacou aqui que, apesar das medidas coercitivas unilaterais dos Estados Unidos e seus aliados, seu país está implementando iniciativas para fazer avançar o comércio e os investimentos.
O presidente do Centro Internacional de Investimento Produtivo do país sul-americano também falou no 2ú Encontro de Negócios Rússia-Venezuela, no qual participaram representantes de empresas privadas e instituições governamentais de ambos os países.
Silva destacou as oportunidades para as empresas russas aderirem aos planos do país em diferentes áreas de seu desenvolvimento econômico e comentou sobre o progresso da cooperação conjunta nos últimos anos.
A este respeito, ele se referiu ao apoio fornecido pelo país eurasiático na luta contra a pandemia de Covid-19, e destacou que outros sinais positivos foram a abertura de um escritório da estatal Petróleos de Venezuela na Rússia e o estabelecimento de uma rota aérea direta entre Moscou e Caracas, através da companhia aérea Conviasa, para a transferência de passageiros e cargas.
Ele destacou que este vínculo é fundamental para o intercâmbio entre as partes, pois pode assegurar a transferência de bens e promover o turismo entre os dois países.
Entretanto, ele reconheceu o impacto do cerco econômico e financeiro dos Estados Unidos e seus aliados europeus sobre a economia do país, o que teve um efeito desfavorável sobre sua balança comercial, não apenas com a Rússia, mas com o mundo inteiro.
Diante de tais medidas, Silva chamou a atenção para a lei anti-bloqueio aprovada pelas instituições legais do país, que permitirá ao país captar renda e dar aos investidores a garantia de que eles receberão o retorno financeiro esperado.
A este respeito, Tatiana Mashkova, diretora geral do Comitê Nacional de Cooperação Econômica com os Países da América Latina, salientou que o intercâmbio comercial entre a Rússia e a Venezuela é um desafio.
Ela disse que muito trabalho precisa ser feito porque neste momento as exportações do Estado sul-americano para este país estão concentradas em pequenas quantidades de frutas, café, chocolate e peixe. ‘Não é nada’, disse ela, em comparação com as possibilidades de envio de volumes maiores.
Ela também mencionou que os empresários russos, por sua vez, estão muito interessados em investir e criar joint ventures, por exemplo, no setor de alta tecnologia.
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