Em abril do ano passado, o Cenare foi transformado no Ceaco para aumentar o número de leitos especializados no atendimento de pacientes Covid-19, e a partir desta segunda-feira começa seu fechamento técnico e recuperação gradual para tratar pessoas que apresentaram sequelas pós-Covid-19 e necessitam de reabilitação neste centro.
Anunciando a decisão do CCSS na sexta-feira da semana passada, o gerente médico do CCSS, Mario Ruiz, disse que “hoje 16 pessoas estão hospitalizadas no Ceaco. Os pacientes que necessitarem de hospitalização para o Covid-19 após 22 de novembro serão tratados em outros centros da rede hospitalar com a mesma qualidade de atendimento.
Depois de destacar o trabalho deste centro, Ruiz disse que em 20 meses havia tratado 2.840 pacientes em estado grave e crítico devido a esta doença, o que representa 34% dos 8.425 pacientes que necessitaram de hospitalização em unidades de terapia intensiva.
O diretor geral da Cenare-Ceaco, Roberto Aguilar, disse que o objetivo é fechar a Ceaco de forma ordenada e que a Cenare retome os serviços de hospitalização e cirurgia com os níveis adequados de segurança e controle de qualidade, onde esperam tratar 5% das mais de 560.000 pessoas infectadas com o vírus.
As autoridades do CCSS – responsáveis pela saúde pública na Costa Rica – estão claras de que a desmobilização da Ceaco não significa o fim da pandemia e, portanto, pedem à população que continue com todas as medidas preventivas como vacinação, lavagem das mãos, uso de máscaras e distanciamento físico.
Em entrevista coletiva via Zoom, o presidente executivo do CCSS, Román Macaya, disse na quarta-feira da semana passada que sua entidade desenvolverá uma estratégia de desescalonamento estratificado dos leitos para o atendimento de pacientes Covid-19, o que permitirá a recuperação de serviços para outras patologias.
Será um processo gradual executado em oito fases, disse Macaya, explicando que a decisão foi tomada porque as condições epidemiológicas da pandemia o permitem, já que, disse ele, a Costa Rica mantém uma tendência decrescente em novos casos, o que reduz a demanda por leitos hospitalares e mortes por causa da doença.
Isto, ele reiterou, permite ao CCSS iniciar um processo controlado para alcançar um equilíbrio no atendimento aos pacientes com Covid e outras patologias.
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